12 de mai. de 2010

Trabalhar além do horário aumenta em 60% o risco de problemas no coração

Trabalhar três horas a mais além do normal expõe as pessoas a um risco 60% maior de desenvolver problemas cardíacos, segundo um estudo publicado pelo European Heart Journal. Segundo a pesquisa, uma jornada de trabalho normal gira em torno de 7 a 8 horas diárias.
Um total de 6.014 trabalhadores londrinos com idades entre 39 e 61 anos (4.262 homens e 1.752 mulheres) e sem histórico de doenças cardíacas foram acompanhados durante 11 anos em média como parte de um amplo estudo batizado "Whitehall II".
Durante o período de acompanhamento, 369 dos voluntários morreram de problemas cardíacos, tiveram um acidente cardíaco não fatal ou uma angina de peito (uma dor ou desconforto na região toráxica).
Segundo a autora do estudo, Marianna Virtanen, da University College of London e do Instituto Finlandês de Saúde Ocupacional de Helsinque, os problemas cardíacos relacionados a longas horas de trabalho são independentes de outros fatores de risco associados, como o tabaco, o excesso de peso ou a taxa elevada de colesterol.
De acordo com o estudo, os mais atingidos são homens, em geral mais jovens do que a média e que ocupam postos de trabalho de maior responsabilidade.
Contudo, os pesquisadores ainda não descobriram as causas que justificam a relação entre os problemas no coração decorrentes das horas excessivas de trabalho. Uma pista pode ser que o trabalho adicional afetaria o metabolismo ou encobriria os estados depressivos, de ansiedade ou de falta de sono.
O fato de os empregados trabalharem mesmo quando estão doentes, ignorando sintomas e sem consultas de um médico, pode igualmente estar entre as causas do problema.
No entanto, as pessoas que gostam de seu trabalho e têm tendência a trabalhar mais simplesmente pelo prazer, poderão sofrer um risco menor de enfermidade cardíaca.
Marianna avalia várias possibilidades, como costumes de vida pouco saudáveis e fatores de risco mais extensos entre as pessoas que trabalham em excesso.
- Outra possibilidade é que o estresse crônico (geralmente associado às longas horas de trabalho) afete o organismo.

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